Jardins Italianos: uma Obra de Arte Viva

Nesta postagem falaremos sobre os Jardins Italianos, muito além de espaços verdejantes, são um lindo cenário de contos de fadas.

Inspiraram e inspiram pessoas em todo o mundo na hora de criarem seus jardins.

Influenciados pelas culturas greco-romanas, essas obras de arte viva, evoluíram com o passar dos séculos, incorporando aqui e ali, elementos de diferentes épocas.

Buscando a harmonia entre o homem e a natureza, a celebração do belo é uma das características desses jardins.

Uma história rica e cheia de detalhes!

 Villa Lante, Bagnaia, Província de Viterbo

História

Raízes gregas e romanas contribuíram com suas ricas e complexas culturas por um longo tempo na criação dos jardins.

- A Influência Romana: trouxeram praticidade e funcionalidade aos jardins. Os romanos integravam suas áreas verdes às vilas, e serviam tanto para cultivar seus alimentos quanto para contemplar. Seguiam uma simetria nos formatos do jardim o que dava uma sensação de equilíbrio e ordem.

A água vinha como fontes, piscinas e canais , simbolizando vida e renovação. Era um elemento central muito comum nos jardins romanos

- A influência grega: os jardins gregos tinham um significado religioso. Os gregos tinham o jardim como um lugar sagrado que era conectado com os deuses e à natureza.

Essas duas influências foram base para os jardins renascentistas, onde a geometria, a simetria e o elemento água dos jardins romanos foram evoluindo durante o Renascimento aos dias de hoje.

Algumas das características dos jardins renascentistas são geometria e ordem através da simetria; o uso de elementos da arquitetura clássica como colunas, estátuas, pórticos elegantes; fontes, piscinas, canais, cascatas trazendo sons agradáveis e simbolizando renovação; plantas escolhidas levando em consideração a estéticas e o simbolismo que elas carregam.

Villa D'Esti, Tivoli, Roma

Flores coloridas, as árvores frutíferas e as plantas aromática eram muito apreciadas.

Jardins renascentistas eram projetados para criar paisagens perfeitas, portanto, tinha muita influência do homem para garantir que os elementos naturais não trouxessem um aspecto caótico ou selvagem.

A Evolução dos Jardins Italianos

Com o passar dos anos, as influências se multiplicaram, transformando esses espaços verdes. Mudanças sociais, políticas, estéticas foram alguns dos fatores transformadores.

Os Jardins Barrocos: o movimento artístico Barroco surgiu depois do Renascimento. As características principais desse movimento são a dramaticidade e a teatralidade e a assimetria e a irregularidade. Os jardins barrocos continham esculturas exuberantes e o elemento água era muito bem elaborado.

   Villa Borghese, Roma

Ao contrário do rigor Renascentista, os jardins barrocos valorizavam a irregularidade. Dessa forma a paisagem ficava mais natural e espontânea.

O estilo francês: no século XVII, os eixos grandiosos e a perfeita geometria dos jardins franceses, influenciaram na reforma de muitos jardins italianos, nesta época.

O estilo inglês: a chegada do movimento romântico no século XVIII, traz a valorização da natureza selvagem nas bucólicas paisagens dos jardins ingleses. A Itália pega carona nesse movimento, e também cria paisagens mais campestres em seus jardins.

No século XIX , o ecletismo traz a mistura de diferentes estilos e adaptações aos gostos da época.

Restaurar e preservar foi um esforço no século XX. Reconhecendo o valor histórico dos jardins italianos, sua cultura e arte. Além de preservá-los, também foram criados novos jardins, inspirados nos antigos e também nas tendências mais contemporâneas da arquitetura paisagística.

Hoje, os jardins italianos tem o reconhecimento de sua importância histórica e cultural. Muitos deles tornaram-se patrimônio mundial pela UNESCO.

São pontos turísticos visitadíssimos e inspiram os amantes de jardinagem em todo mundo.

            

              Jardim Giusti, Verona

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